sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Marco conceitual e teórico: sobre os carísmaticos em Porto Velho

No marco teórico desta investigação apresentaremos o estudo a partir dos conceitos desenvolvimos da Teoria dos ‘Usos e Gratificações’, particularmente, será seguido o conceito de John Fiske. Para lograr os objetivos propostos, também, se lançará mão das teorias existentes de comunicação, particularmente dos conhecidos processos de comunicação e de interação simbólica. Assim como, da fenomenologia religiosa, da sociologia e até da psicologia humana.

As manifestações ritualistas, ou seja, o rito como complemento da interação dentro do ambiente ritual, são fontes de identificação dentro e fora do espaço da Igreja. O rito sendo a parte ativa de todo segmento religioso, especificamente o realizado na Igreja São Luis Gonzaga, tem a priori a finalidade de despertar uma disposição de espírito favorável com relação às manifestações sociológicas como são a comunicação e as assimilações simbólicas e seus usos nas esferas das ações culturais e religiosas.

Dentro do que é um estudo comunicacional a análise se fecha a princípio num processo simples de comunicação como no esquema dado por emissor-mensagem-canal-receptor-resposta ou feedback. O estudo referente às teorias do símbolo será tanto no aspecto comunicacional como no seu caráter mais aprofundado em função da semiologia.

Marco Referencial:

A Renovação Carismática Católica (RCC) é um movimento dentro da Igreja Católica que tem como objetivo levar a espiritualidade às pessoas através dos carismas do Espírito Santo. A RCC, entado ven ao resgate dos valores da Igreja, dentre eles, a Pessoa do Espírito Santo, conquista o seu espaço como movimento eclesial.

A Renovação carismática é um acontecimento religioso que já não se pode desconhecer. Nascido na Igreja e para a Igreja, em poucos anos assumiu proporção tão expressiva que se estendeu ao mundo inteiro. Pretender defini-la é ao mesmo tempo fácil e difícil. Fácil, porque seus pontos fundamentais estão bem definidos; eles nada têm de complexos, a partir do momento em que são compreendidos nas suas linhas essenciais. Difícil, porque sua riqueza, como tudo o que está enraizado no Evangelho, na palavra divina, ultrapassa qualquer coisa que possa caber numa definição, por mais exata que possa ser".(Benigno Juanes SJ. www.comunidadeshalom.org.br/formacao/rcc/batismo.html)

RCC é a redescoberta experimental do poder do Espírito Santo na vida dos cristãos, e a abertura à sua ação para viver o Evangelho em plenitude, para evangelizar com poder sobrenatural, sendo testemunhas de Cristo Ressuscitado (até suas últimas conseqüências), e contribuindo para renovar todas as formas de presença e de serviço de Cristo na Igreja e no mundo.

O uso do termo "carismático" é explicado pelas diversas expressões da ação do Espírito Santo, que são o que poderíamos chamar de "momentos fortes" de Sua manifestação. A Renovação manifesta-se primeiro exteriormente, por um conjunto de reuniões de oração, seja de louvor e de aclamação de Deus, ou com a intenção de curar ou de libertar as pessoas, em um clima de alegria e inclusive de exaltação espiritual. Os carismáticos tem 7 dons: sabedoria, entendimento, conselho, fortaleza, Ciência, piedade, temor de Deus

O movimento ressurge na atualidade para reacender a fé das pessoas afastadas da igreja católica. A palavra carisma quer dizer ‘graça’ ou ‘don’. Ou don do espírito que significa a presença ou manifestação de Deus. A RCC surgiu na Igreja Católica no momento em que se começava a procurar caminhos para pôr em prática uma renovação eclesial desejada pelo Concílio Vaticano II.

O movimento nasce, precisamente, nos Estados Unidos em 1966 com um referencial muito expressado no pentecostalismo americano. Um grupo de jovens, membros de faculdades da Universidade de Duquesne do Espírito Santo, reuniam-se freqüentemente para momentos de oração fervorosa e para conversar sobre a vitalidade de sua vida de fé. aplicaram-se a reler e a meditar os Atos dos Apóstolos, e a rezar, pedindo a Efusão do Espírito Santo, e lá tiveram uma experiência tão forte da Graça divina, que tal acontecimento tornou-se conhecido como o marco inicial da renovação Carismática na Igreja Católica. Desde então, se está vivendo um dos grandes momentos da história da Igreja contemporânea.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Marco conceitual e teórico sobre a teoria dos Usos e Gratificações” utilizada para o espaço da Igreja São Luis Gonzaga – Parte II

No marco teórico desta investigação apresentaremos o estudo a partir dos conceitos desenvolvimos da Teoria dos ‘Usos e Gratificações’, particularmente, será seguido o conceito de John Fiske. Para lograr os objetivos propostos, também, se lançará mão das teorias existentes de comunicação, particularmente dos conhecidos processos de comunicação e de interação simbólica. Assim como, da fenomenologia religiosa, da sociologia e até da psicologia humana.

As manifestações ritualistas, ou seja, o rito como complemento da interação dentro do ambiente ritual, são fontes de identificação dentro e fora do espaço da Igreja. O rito sendo a parte ativa de todo segmento religioso, especificamente o realizado na Igreja São Luis Gonzaga, tem a priori a finalidade de despertar uma disposição de espírito favorável com relação às manifestações sociológicas como são a comunicação e as assimilações simbólicas e seus usos nas esferas das ações culturais e religiosas.

Dentro do que é um estudo comunicacional a análise se fecha a princípio num processo simples de comunicação como no esquema dado por emissor-mensagem-canal-receptor-resposta ou feedback. O estudo referente às teorias do símbolo será tanto no aspecto comunicacional como no seu caráter mais aprofundado em função da semiologia.


OBJETIVO GERAL:

Descrever os procesos comunicativos dentro do ambiente de ritualidade, às segundas-feiras na Igreja São Luis Gonzaga

OBJETIVOS ESPECÌFICOS:

• “Identificar os usos e gratificações dos fiéis no rito às segundas-feiras na Igreja São Luis Gonzaga”
• “Analisar os processos de assimilação dentro do rito através do uso do símbolo e suas interpretações ”

Objeto de estudo:

Temático: Todo o referente ao ritual das segundas-feiras na São Luis Gonzaga e sua relação fenomenológica, comunicacional e simbólica.

Geográfico: A insvestigação será realizada em Porto Velho. No local onde se realiza as reuniões das segundas-feiras na Igreja São Luis Gonzaga.

Temporal: desde fevereiro até julho de 2003

Metodologia:

A metodologia a ser utilizada no estudo será de orden qualitativa e quantitativa para obter dados descritivos e explorátorios com as técnicas de observação participante, entrevistas investigativas e enquetes como ferramentas para a investigação e a unidade de análise na busca de respostas para os objetivos traçados.

Unidade de análise:


Procesos comunicacionais dentro do espaço do rito e do ceremonial na Igreja São Luis Gonzaga. Assim como a respectiva assimilação simbólica e seus usos por parte dos fiéis que participam do ritual.

Tipo de investigação:


O tipo da investigação será qualitativa e quantitativa. Logo o estudo é descritivo porque propõe identificar os processos comunicativos do fenômeno. Será do mesmo modo de ordem exploratório tendo em vista que ainda não houve um estudo semelhante e concernente ao objeto de pesquisa.

O desenho metodológico é experimental e transecional, pois será efetuado uma análise em um tempo indeterminado do processo fenomenológico. Também neste marco investigativo a dimensão comunicacional será estudada paralelamente ao objeto de pesquisa e suas incidências.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

“Processos Comunicativos no espaço ritual da Igreja São Luis Gonzaga” – Parte I

Neste artigo se fala sobre os processos comunicacionais num dos ambientes religiosos mais frequentados de Porto Velho. E um estudo de como se desenvolve diversos aspectos da relacao do homem com o divino. O artigo em questão é um extrato que aqui esponho em partes. Este trecho reponde a introdução e objetivos que a investigação propôs... Leia e descubra mais sobre as manifesta manifestações cotidianos do Porto Velhense:


"Dentro do campo temático proposto das ciências sociais, especificamente no campo cultural e religioso, a investigação tratará temas referentes às manifestações religiosas como fenomenologia universal, com a finalidade de ter uma idéia do ‘Homus Religiosus’, que expressa genuinamente o afán dos fiéis que freqüentam o ambiente da referida Igreja para comunicar-se com seu Deus. Assim sendo, não serão esquecidos temas referentes à relação do homem cultural e civilizado tanto na presença fenomenológico-religiosa e seus padrões de comportamento e interpretações que fazem de seu mundo contextual uma interação entre eles. Onde o homem compartilha ideal, crenças, conhecimentos e valores, grupos sociais e círculos particulares de relacionamento humano.

O aporte de esta investigação, não será a priori fazer uma crítica, nem julgar o certo ou errado na forma de como as pessoas realizam suas manifestações de fé. Nem cair em discussões teológicas. O trabalho investigativo também não fará conjeturas a respeito do que possa acontecer com o fenômeno daqui há algum tempo e suas possíveis conseqüências. A investigação deixará testemunhado que algum dia na cidade de Porto Velho, Rondônia, ocorreu um fenômeno social e religioso, independente de qualquer relação escatológica, que configurou vários processos comunicacionais que foi plasmado em uma realidade e contextos atribuídos para se saber mais a respeito da cultura, da sociedade, e dos modos de viver do cidadão rondoniense. A investigação no intuito descobrir como cada homem desta região se inseri dentro de determinado núcleo de identificação proporcionará uma visão do que é ser um habitante destas paragens.

Quais são os processos comunicacionais no ambiente ritual da Igreja São Luis Gonzaga?

OBJETIVO GERAL

Descrever os procesos comunicativos dentro do ambiente de ritualidade, às segundas-feiras na Igreja São Luis Gonzaga


OBJETIVOS ESPECÌFICOS

“Identificar os usos e gratificações dos fiéis no rito às segundas-feiras na Igreja São Luis Gonzaga”

“Analisar os processos de assimilação dentro do rito através do uso do símbolo e suas interpretações ”". Continua...






domingo, 26 de outubro de 2008

Nômade dos vales e do tempo

O velho zíngaro me falou numa língua estranha;

Movia as mãos enquanto equilibrava o mundo em seus dedos;

Uma musica exótica ecoou dentro de meu coração;

E vi uma serpente cercada de fogo...

E meu corpo entrelaçado com ela.


Senti seu afago...

Seu veneno...

Seu calor;

Sou da grande nação Rom;

De nômades errantes com alma negra;

E corações pesados;

Somos homens de um tempo, que o tempo já purgou;

Vivemos do ar;

-Do hidro-mel;

-De devaneios e curvas;

Sou velho, - sábio e adivinho.

Não tenho medo do futuro,

Pois os sonhos me revelam o caminho de cada hora.

No amanhecer taciturno de tua louca vida de grande nigromante;

No anoitecer de cada cálice de vinho....

Sou Zíngaro, poeta grego de quimeras;

Mago de luzes...

Alquimista de estrelas.

Não tenho medo;

Pois sou amigo da noite e dos mulos.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Porto do Velho: uma história que se transforma em vários apocalipses

O texto a seguir é da época em que este que os escreve estava como editor do site Rondonoticias. Escrito em outubro de 2007, o texto retrata algumas epopéias que a cidade de Porto Velho atravessou até nossos dias...

“Uns dizem, como lendo uma história de pergaminho dourado, que havia um velho e um porto perdido na imensidão do cosmos. A lenda conta como nasceu Porto Velho, as estórias falam de seus diversos apogeus. De suas agonias, de seus trejeitos.

Codificar Porto Velho é entender que é uma cidade cosmopolita. - Gente de todas as partes do Brasil, e do mundo resolveram vir morar aqui, no meio da Amazônia. E a cidade cresceu e seus vários renascimentos fizeram com que chegue aos 93 anos. Muitos passaram pelas epopéias dos tempos da borracha, do ciclo do estanho, da cassiterita, da época do garimpo, da febre do ouro, para chegar na atualidade.

Dez anos atrás a cidade quase parou...Idéias fantasmagóricas surgiram com o fim da corrida louca atrás do metal precioso (a febre do ouro). Muitos se foram para não mais voltaram, esqueceram dos presságios de quem bebe água do Rio Madeira jamais deixa o lugar. - Esqueceram da velha mandinga, e sumiram no oco do mundo. Os que ficaram, se tornaram dependentes, dizqué, do dinheiro mirrado do funcionalismo público, então. Era o fim da cidade da Estrada de Ferro Madeira Mamoré.

Mas o povo lutou. Era teimoso e não queria entender o fim. Não aceitava a derrota. - Sem opção foi ficando. E nós mesclamos ainda mais. Gaúcho com nordestino, Paraibano com Catarinense, a massa étnica de porto-velho se forjou na diversidade e multiculturidade. Por isso se formos decodificar a metrópole à beira do Madeirão, pode apostar no vanguardismo da retórica, e apontar que é uma cidade das mais post-modernas que já se viu. Nada igual. Singular, única em todos seu esplendor.

A cidade que era nos idos dos 70 um mar de lama foi se transmutando. A antiga Avenida Jorge Teixeira, hoje federalizada, (antes John Kennedy, quando Teixeirão era vivo), era uma estrada lamacenta, e se via homens trabalhando para fazer ela se tornar o que ela é. O bairro São Cristóvão, antigo Cruzeiro, e ex-Olaria, era área rural onde havia isso mesmo, um monte de olarias.

O prédio do Mercadinho do Um era o ponto final da cidade. Na Avenida Calama nos idos dos 80, carros ficavam atolados, e era uma estrada vicinal. Era então o local de aventureiros. O glamour era diferente. O modo de vida tinha que se adaptar ao ambiente. Tinha Bancos, mas nem os atendentes precisavam, como hoje, usar gravata. Andar de bermuda era comum, paletó nem pensar.

A informalidade condizia com o tempo e o espaço. Hoje mudou-se isso. Somos índios, brancos, caboclos. Ribeirinhos, pescadores, citadinos, e continuamos a ficar abismados ao ver qualquer boto rosa na foz do nosso maior rio de lama que ficará em nossa memória. Ainda nós encantamos com a selva, com os trilhos de um passado tão abrumador, e tão longe de nossos olhos.

Porto Velho, a dos tempos atuais, sobreviveu ao seu próprio tempo. Deixou de ser fantasma. Quente, úmida. - Bravia, não é para poucos e contínua sendo dominada por forasteiros que se encantam com seu doce veneno. Que empalidecem diante da idéia de fugir para outro cantão.

Porto do Velho, apenas tem 93 anos de história. Um bebê diante do planeta. Uma cosmovisão de um mundo que está há espera de duas, três, quatro usinas para continuar na saga de seu idílico Illus Tempore”.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Dulcinéia dondes estas?

Y sigo viviendo;

Consumiendo mis pensamientos en el tiempo de tu deseo y tu Poder...

Y sigo siendo el mismo angelito dulce;

- Tan huerfano;

- Tan solo...

Com la alma llena de um vacio que...

Que duele;

Que carcome mis huesos...

Que me deja sin gloria;

...Y sigo viviendo;

En la bruma;

En el Pais de las Maravilhas...

Sou hoy Gran Vizir;

- Um Quijote enamorado;

- Dulcinéiaaaa dondes estas???

domingo, 12 de outubro de 2008

Crônicas dos campos de futebol


La mano de Dios


La Mano de Dios, ou a Mão de Deus foi quando Diego Maradona a executou, uma manobra ilícita no futebol (aquele famoso gol com a mão). Um escândalo para inglês ver. O juiz não viu, graças a Deus. Se não o futebol perderia para sempre aquele momento mágico e inesquecível registrado com letras de ouro no grande livro da mitologia futebolística mundial.

Era 1986, no México, e a Argentina eliminava a Inglaterra no mundial que consagraria Maradona como melhor jogador de futebol de todos os tempos e que minha humilde concepção já viu jogar. Depois do final do jogo quando perguntaram a Maradona se ele realmente tinha enfiado a mãozona dele na bola. Diego foi ainda mais genial que jogando com os pés (e mãos) e respondeu com tremenda sutileza: -Fue la mano de Dios. Não poderia estar menos equivocado o argentino, era a mais pura e absoluta verdade e que ninguém duvide. O Deus do futebol (claro que falo de Diego) tinha saltado junto com o mamute do Shilton (goleiro da Inglaterra), três vezes o tamanho de Maradona, com astúcia de gato e mãos de mágico, empurrou a bola para os fundos das redes. Que pecado! Trapaceiro! Diziam muitos (principalmente a imprensa das ilhas da Bretanha).

Mais Deus não peca e, quebrando todas as regras, o Deus do futebol foi perdoado uma única vez. Há sempre o perdão para quem ousa, inventa e cria. O Deus do futebol, Maradona, criou a jogada “La Mano de Dios” para glorificar o jogo mais maravilhoso da terra uma única vez como são as coisas do Absoluto, Eterno e Infinito Universo...

La mano de Dios II

La Mano de Dios virou lenda no imaginário argentino. Faz dois anos antes que Rodrigo morresse, um dos mais populares cantores argentinos, fez a letra e música de um ritmo “bailantero” para homenagear a Maradona. A Mão de Deus se chamou a letra e música que segundo o próprio Diego Maradona foi a que melhor descreve sua personalidade, vida e historia. Em uma das partes da composição reza assim: “Em um potrero forjó uma surda imortal y com experiência y sedienta ambicíon de llegar a jugar. Com los cebollitas debutó y su sueño era um jugar um mundial e llegando al futból de primera para su família ayudar...”, que fala de um garoto que surgiu nos campos de várzea, passou a jogar nos cebollitas (Juvenil do Argentino Juniors) e tinha como sonho jogar um mundial pela sua Seleção.

A música e o ritmo contagiante embalam desde discotecas, bares, bailes, restaurantes e é cantada em muitos estádios do País do Prata. A vida que Maradona sonhou para ele o superou. No entanto para ele mesmo resulta ser uma carga insuportável ser o número um como costuma manifestar a opinião pública em mais de uma oportunidade. Até o momento não surgiu e muitos acreditam pouco possível que surja um melhor ou semelhante ao Don Diego.

Quem sou eu

Minha foto
Jornalista, formado em Comunicação Social e pós-graduado em Jornalismo e Mídia.Atual Editor do Site Rondonoticias. Escreve a Coluna Esportiva "Na Marca da Cal" no mesmo site e é membro fundador e ativista da Academia Rondoniense de Poetas - ACARP.