terça-feira, 25 de setembro de 2007

Crônicas de uma viagem à Brasília (I Parte)


Bom, o Rondonoticias, na pessoa de seu diretor Arimar de Sá, e de minha pessoa, Rocco Eduardo, foram convidados pelo jornalista e milionário Roberto Kuppé para ir à Brasília acompanhar a inauguração da Casa de Apoio da Fundação Matheus Moraes.

A primeira coisa que me veio à mente quando saímos do Aeroporto de Brasília a caminho do hotel, e já entrando no Plano Piloto, foi a sensação daquela música na cabeça do Legião Urbana – o famoso estribilho ressoava doce: “Que país é esse!”.

Ainda meio zonzo de sono por causa de uma noite mal dormida por conta do horário do nosso vôo (partimos de PVH às 3 horas da manhã), tentava decodificar a capital da Nação Brasileira. Tentava achar coincidências para justificar o sonho, de Dom Bosco, de sua construção no meio do nada, de um quase deserto, mas a achei ela, a cidade, linda, limpa e simples.

Junto comigo na mesma viagem outros colegas jornalistas sofriam também o pernoite mal dormido. A viagem foi engraçada, e no avião, eu que tenho medo de voar me tranqüilizei quando soube que havia outro colega com mais medo do que eu.

O medo apavorado de Rubson do site O Rondoniense me consolava e neutralizava o meu. Ainda mais que como companheiro de poltrona tínhamos, eu e o Rubson, o Paulo Andreoli (Rondoniaovivo), “narrando” todos os procedimentos de despegue e aterrizagem da aeronave de uma foram dramática que fazia nosso amigo de O Rondoniense se espichar todo como um gato no assento se segurando para evitar o pior. E lá Andreoli com sua perorata, que asa do avião, que a idade do motor, que num hipotético acidente as chances seriam mínimas, e o nosso passageiro cada vez mais tremeliquento. (CONTINUA...)

sábado, 8 de setembro de 2007

SETE DE SETEMBRO

Ontem foi o Dia da Pátria. Coisa militaresca. Tudo isso, desfile, pompa terceiromundista, me fez lembrar de alguns imbecis que posam de falsos patriotas e que tem certo saudosismo da época dos governos ditatoriais.

Considero brasileiros verdadeiros àqueles que amam seu país porque gostam de sua gente, e porque têm esperanças de dias melhores. Que torcem pelo esporte, pelos esportista. Que sentem saudades na alma quando estão lá fora (em outros países) quando escutam alguém falando Português, ou alguem cantando neste idioma. São estes patriotas, trabalhadores, homens e mulheres, que representam a independência todos os Santos Dias porque gritam por liberdade, e cada minuto e cada instante. Redenção é a dádiva destes brasileiros...


A DATA


Eu não me apego, sinceramente, a esses tipos de datas. Às vezes até de meu aniversário lembro, apenas no dia, e não gosto de fazer alarde.

Um vez entrevistei um cidadão (durante minha vida de jornalista), e disse, quase que explicitamente, que nunca tinha sofrido nada na época da ditadura. Eu também nunca sofri nada. Nem minha família, meu pai, minha mãe. Nada. Mas não sei porque, todos da minha família, e principalmente meu pai, e a ele devo muito isso, tinha plena consciência desse período nefasto.

Sete de Setembro me faz lembra das paradas militares. Da última vez que desfilei, acho que era aluno do Dr. Granjeiro, um extinto colégio de Porto Velho, e sinto que não tenho muitas saudades. - Calor abrasante, os tênis “Conga”, ardiam e doíam nos meus pés. Sinceramente, não há muitas saudades. Era ainda no período da ditadura, e algum militar governava Rondônia, Brasil, e todos os países do hemisfério sul, pobre, e atrasado. – Bom, pouca coisa mudou....Pelo menos, hoje os tênis são importados, todavia, que muitos de nós nem possamos comprar, mas pelo menos sonhamos com ter um nos pés.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Lembranças do Areal

Sábado que passou, o amigo Paulo Rojério, que frequenta, os saraus realizados lá em casa, escreveu esta crônica sobre a cidade de Porto Velho. Leia e confira:

"Hoje voltei à antiga ladeira e desci nas lembranças do passado, essa mesma ladeira em carrinho de rolimã. Descia em minha infância, e deixava pedaços de meu corpo nela, ralado!

As antigas lembranças vieram em imagens que me pareciam reais...Avistava os amigos leias que eu tinha: o pipoqueiro maluco, o Zé. Seu Manuel do Picolé. Dona Vanda a ‘Cadeiruda’. O Tonho Zarolho, o Biroco Doidinho...Lembranças do Areal, da antiga escolinha, as pedras do cascalho, na Rua do Pedregulho. Logo abaixo, a minha primeira paixão...

Para nunca esquecer os moradores da antiga ladeira da minha saudade. A cadela Baleia, o cachorro Tubarão, nossos animais de estimação, meus carrinhos de lata de óleo no terreiro espalhados. As bolinhas de gude de caroço de tucumã. A bola de meia, recheada de esperança de se ganhar uma dente-de-leite.

Neste devaneio meu...Que suadade!

Pude ver ainda, mamãe no vestido de chitão, e papai mastigando seu tabaco de corda. A cabeleira rebelde da minha mana Zozé. Carlinhos Capeta, meu primo danado. Vovô, próximo à vovó, cheirando rapé e resmungando sempre.

Essa ladeira de outrora é parte constante do meu dia a dia. Da minha memória. E hoje, nesta aurora, na ladeira moderna, nada tens de igual...E eu por ser o último, pareço um imortal! E morro sempre um pouquinho com essas saudades do meu povo que já partiu. E que me deixaram tão sozinho, nesta ladeira por onde ficou minha mocidade."

Quem sou eu

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Jornalista, formado em Comunicação Social e pós-graduado em Jornalismo e Mídia.Atual Editor do Site Rondonoticias. Escreve a Coluna Esportiva "Na Marca da Cal" no mesmo site e é membro fundador e ativista da Academia Rondoniense de Poetas - ACARP.