segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Conspirações e intenções veladas

O poeta Edgar Alan Poe em seu épico poema Anabel Lee relatou que até os anjos tinham inveja do amor que ele tinha por sua amada. Se ele vivesse na atualidade saberia que é moda se contrapor ao amor...A vida não é tão bela, e as coisificação dos sentimentos humanos nós empuram a imediatez sórdida do vazio das almas.

A família célula máter está em instinção, infelizmente. O mundo vive de pequenas intenções, e de muito pouca subastância. Já nada é tão importante, e as relações dão lugar aos flertes fugazes. O mundo gira rápido, não é mais permitido, pensar, sentir, pedir para voltar o filme, é sem dúvida um verdadeiro absurdo.

Muitos te crucificam, e te imolam no altar como bode expiátorio sem nenhum remordimento. Ainda se precisa do sacríficio, mas o ritual nunca será o mesmo. Tudo é uma visão borrosa. A verdade é uma convenção e ela vale muito na boca dos hipócritas.

Prefiro ser como Madalena que ser um Fariseu. - Quem quiser que atire a primeira pedra, que eu descarrego todo meu sentimento, sem comtemplar tua humanidade...Vil réptil, verme facínora....

ANNABEL LEE *

(de Edgar Allan Poe)
Foi há muitos e muitos anos já,
Num reino de ao pé do mar.
Como sabeis todos, vivia lá
Aquela que eu soube amar;
E vivia sem outro pensamento
Que amar-me e eu a adorar.
Eu era criança e ela era criança,
Neste reino ao pé do mar;
Mas o nosso amor era mais que amor --
O meu e o dela a amar;
Um amor que os anjos do céu vieram
a ambos nós invejar.
E foi esta a razão por que, há muitos anos,
Neste reino ao pé do mar,
Um vento saiu duma nuvem, gelando
A linda que eu soube amar;
E o seu parente fidalgo veio
De longe a me a tirar,
Para a fechar num sepulcro
Neste reino ao pé do mar.
E os anjos, menos felizes no céu,
Ainda a nos invejar...
Sim, foi essa a razão (como sabem todos,
Neste reino ao pé do mar)
Que o vento saiu da nuvem de noite
Gelando e matando a que eu soube amar.
Mas o nosso amor era mais que o amor
De muitos mais velhos a amar,
De muitos de mais meditar,
E nem os anjos do céu lá em cima,
Nem demônios debaixo do mar
Poderão separar a minha alma da alma
Da linda que eu soube amar.
Porque os luares tristonhos só me trazem sonhos
Da linda que eu soube amar;
E as estrelas nos ares só me lembram olhares
Da linda que eu soube amar;
E assim 'stou deitado toda a noite ao lado
Do meu anjo, meu anjo, meu sonho e meu fado,
No sepulcro ao pé do mar,
Ao pé do murmúrio do mar.

domingo, 28 de outubro de 2007

Final de semana em Porto Velho

Capital Inicial

Ontem foi o show do Capital Inicial em Porto Velho. Noite agradável fora da Nautilus, mas quente no recinto apinhado de fãs e aqueles que por falta de opções compraram os caros ingressos para a ver a banda tocar.

Som Ruim

O som estava péssimo. Coitado, o Dinho Ouro Preto bem que tentou se rebolar e esgoelar todo para se dar ao público, mas a parafernália do som não ajudou em nada. Os primeiros da fila, talvez conseguiram apreciar as baladas e embalos do Capital como deveria ser.

Sexta de Poesia

Na noite de sexta-feira passada aconteceu o Primeiro Premio Bahia de Poesia no Colégio João Bento da Costa. A homenagem ao Jornalista e amigo Bahia emocionou quando alunos de diversos cursos fizeram jograis poéticos contando um pouco do que foi o saudoso poeta e suas andanças antes que um câncer o ceifasse de entre os amigos e fãs.


Ausência

Neste evento promovido pela parceria dos professores do João Bento e os membros da Academia Rondoniense de Poesia – Acarp, foram poucas as autoridades que deram as caras. Como sempre a cultura ficou para trás nessa hora.

Trânsito Maluco

É comentário unânime de qualquer individuo de Porto Velho que tem que circular pelas abarrotadas e perigosas ruas e avenidas da cidade que o trânsito está maluco. Ninguém respeita ninguém, e não há dia sem acidentes e incidentes na capital. A coisa ta feia e pode ficar pior. O comentário é geral: com as usinas, não vamos ter para onde correr...Salvem-se quem puder!

Momento

Se tivesse que dedicar uma música hoje para uma pessoa muito especial, teria que ser uma do tipo Volta para mim...Sei lá. Esse tipo de canção pegajosa que a gente lembra quando está no sal, como dizia meu bom amigo Sinézio.
Ricardo Arjona, o Poeta da América bem que tentou explicar em seu poema musicado o que é sentir a falta da outra pessoa amada, e que diz mais ou menos assim: “Realmente não estou tão só...Quem disse que te fostes? Si não estamos onde está o corpo, mas sim onde mais se sente saudade. E aqui há tanta saudade! Você segue aqui...Sem ti. Comigo. Quem está contigo, se nem se quer estás aqui? Se carregaste teu corpo, mas deixaste a saudade comigo”...

terça-feira, 23 de outubro de 2007

/Ricardo Arjona o Poeta da América canta

Clique aqui e escute Ricardo Arjona o Poeta da América...

O Meio como Mensagem numa Aldeia Global

Para Marshal Macluhan estamos vivendo numa imensa aldeia global. A avalanche de tecnologia de informação e comunicação é enorme. Milhões de pessoas estão conectadas entre si recebendo e enviando informações para qualquer ponto da Terra.

Com o advento das recentes tecnologias mass mediáticas estamos vivendo em um mundo que encolhe progressivamente para se transformar numa imensa e famigerada "Aldeia Global". Um mundo no qual a distancia física entre os homens torna-se cada vez menos importante, à medida que o desenvolvimento tecnológico nas comunicações reduziria a fragmentação social e promoveria um sentido de unidade global. "A velocidade da informação na aldeia global significa que toda ação humana ou evento envolve a todos da aldeia nas conseqüências de todo e qualquer evento".

A grande é revolucionária proposição de Macluhan, “o meio é a mensagem” é a convicção do que é capaz de realizar, por exemplo, a TV como meio de comunicação massiva e como mensagem mesma no processo de emissão e recepção de estímulos interativos e interpretativos. As formas dos Mídia, à parte seu conteúdo, afetam a sociedade.

Uma postura um tanto que ilógica tendo em vista que antes o meio era somente considerado o vetor para que num processo de comunicação uma mensagem seja emitida. No entanto Mcluhan sobre valoriza o papel do meios, principalmente, os massivos que passam a adquirir força comunicativa e significativa. A tecnologia dos Mídia por si só impacta a sociedade.

O meio comunica? Sim e talvez não. Até que ponto o meio em si pode ser interpretado e assimilado como mensagem sem a retórica de uma mensagem cabal. Até que ponto a embalagem vende mais do que o próprio conteúdo do produto. Definitivamente, Macluhan não deixa de ter razão, num mundo Pós-moderno repleto pelas imagens, muitas vezes a ilusão ultrapassa a realidade.

O concreto perde o valor diante da fantasia. Vivemos num mundo onde mais importante que o ser é o parecer. Apocalípticos post-modernos defenestraram os conceitos da modernidade.

O individualismo está em voga, toda ideologia não é mais tolerada e os grandes líderes da humanidade não são mais imitados. Todos querem ser diferentes. Mas continuam sendo muito iguais em suas tão precipitadas posturas em busca de lograr ser original.

Há uma consciência do fracasso. Não da pós modernidade, más da modernidade. No entanto quem vive na vanguarda dos tempos sabe muito bem que um e outro são continuísmos, e onde o primeiro fracassou o segundo patina ainda nos erros do propulsor.

Para alguns o rechaço a modernidade é uma coisa, para outros, basta com assumir um papel de voyeur é mais cabível. Mas onde situamos o papel da comunicação massiva? Simplesmente na idéia de que apesar de adquirirmos a potencialidade de considerarmos dentro de uma aldeia global, não podemos evitar que ainda nos assombramos diante das coisas simples e que ainda restam neste Planeta. Como gosta de dizer José Saramago nada substituirá, nem o computador, nem outra tecnologia imediatista o poder de comunicação que tem o papel e a escrita, por exemplo.

“Um computador”, diz Saramago, “não traz o cheiro de perfume de uma carta. Não traz o vestígio de uma lágrima derramada sobre o papel. Isso para o computador é impossível".

E por isso que a imaginada e real aldeia global existe e permanece em todas as novas formas de manifestação humana da atualidade. Há então, inexoravelmente, uma força centrífuga que empurra o individuo a ser e a pertencer a uma redoma, a uma bolha de proteção que nem todos os anos de estudos de um Freud inspirado poderiam comportar. Todos, finalmente, somos produtos do meio em que atuamos, mas com uma insana vontade de voltar para o útero materno. Temos fome de pertencer e de identidade e nisto do atual, se encontra os Meios de Comunicação Massiva.

Para Mcluhan o conteúdo da mensagem é irrelevante. Pensamento abrupto e irascível desencadeia uma torrente em favor de tudo que é meio e transmissor de comunicação. Para o pensador o que movimenta e transforma a sociedade é o transmissor sua forma e sua estética, seus usos e suas assimilições implícitas ou não. Assim exemplificamos: O rádio: afeta a maioria das pessoas intimamente, pessoa a pessoa, oferecendo um mundo de comunicação não-falada entre o escritor-locutor e o ouvinte.

As profundidades subliminares do rádio estão carregadas de ecos ressoantes dos antigos cornos e tambores tribais. O poder do rádio pode re-tribalizar a humanidade, sua inversão quase instantânea do individualismo em coletivismo. A televisão não funciona como um background. Ela prende-nos. Temos de estar com ela.

O veiculo promove estruturas profundas tanto na arte como na diversão, e cria também o envolvimento da audiência em profundidade. Dificilmente existe uma só área de relações estabelecidas, do lar e da igreja à escola e a mercado, que não tenha sido profundamente perturbada em seus padrões e contextura.

Todavia a conclusão de Macluhan ainda é muito precário o que se pode explicar a respeito do papel dos meios e o seu poder de ingerência na vida social do homem. Não existe uma fórmula mágica para decifrar quanto e como os MCMs afetam o indivíduo. A certeza inequívoca é que há muita resistência por parte dos estudiosos na abordagem mais livre para saber as afecções de uma exposição aos meios.

domingo, 21 de outubro de 2007

Globo "está de olho" Rondônia BBB 8


Na oitava edição do Big Brother Brasil, a produção da Rede Globo resolveu inovar dando espaço para cada candidato poder mostrar seu perfil. Onde cada participante está concorrendo a entrar na desejada casa.

Está sendo analisado cada perfil do participante, onde é distribuido uma marca, ou seja, selo, da Globo, que serve para indicar se o futuro Big Brother pode ou não ser escolhido pela produção.

Aqui de Rondônia, já temos alguns cadidatos. Minha amiga Mady está já com o desejado selinho. Ela conta com o voto virtual dos internautas que acessarem. Ela vai ser uma ótima representante, amiga ,sincera e muito bacana além de ser uma gata e vamos pessoal ajudar está Rondoniense . Acessem o link clicando aqui

Quem sou eu

Minha foto
Jornalista, formado em Comunicação Social e pós-graduado em Jornalismo e Mídia.Atual Editor do Site Rondonoticias. Escreve a Coluna Esportiva "Na Marca da Cal" no mesmo site e é membro fundador e ativista da Academia Rondoniense de Poetas - ACARP.