terça-feira, 30 de setembro de 2008

Deputado de Pando denuncia existência de armazenamento de armas para uso contra oposição de Cobija

O deputado Ronald Camargo (Podemos) de oposição ao governo Evo Morales denunciou hoje, em Cobija, ao meio dia de que venezuelanos e cubanos estiveram por trás dos movimentos bélicos na região de Porvenir em Pando onde houve mais de 16 mortes durante enfrentamentos de governistas e opositores nos dias 12 e 13 de setembro.

De acordo com o deputado a perseguição contra os opositores e implacável, e a cada dia aumenta os números de refugiados que procuram se esconder das prisões tidas como arbitrarias na cidade de Brasiléia, no Acre.

Segundo Camargo já seriam mais de 540 bolivianos cadastrados pelo departamento de Policia Federal que estão pedindo refugio político. “De 20 a 30 pessoas diariamente cruzam a fronteira para se refugiar em Brasiléia, e todos os dias estão detendo de quatro a cinco pessoas pelo Exercito”, assegura.

O Estado de Sítio foi decretado pelo Presidente, Evo Morales, em ocasião as brigas entre autonomistas e masistas, partidários do governo atual. A militarização da zona persiste ate hoje, e já obteve o aprisionamento até o senador da República e governador de Pando, Leopoldo Fernandez.

Camargo denunciou ainda o armazenamento de armas vindas de Venezuela na vila de Filadélfia, perto da cidade de Cobija, e que seriam utilizadas para reprimir a oposição a Morales.

domingo, 28 de setembro de 2008

Te Recuerdo Victor Jara Nos seus 25 anos de morte cresce a sua legenda

Composição: Victor Jara (Chile)

Te recuerdo Amanda
la calle mojada
corriendo a la fabrica donde trabajaba Manuel

La sonrisa ancha, la lluvia en el pelo,
no importaba nada
ibas a encontrarte con el,
con el, con el, con el, con el

Son cinco minutos
la vida es eterna,
en cinco minutos

Suena la sirena,
de vuelta al trabajo
y tu caminando lo iluminas todo
los cinco minutos
te hacen florecer

Te recuerdo Amanda
la calle mojada
corriendo a la fabrica
donde trabajaba Manuel

La sonrisa ancha
la lluvia en el pelo
no importaba nada,
ibas a encontrarte con el,
con el, con el, con el, con el

Que partió a la sierra
que nunca hizo daño,
que partió a la sierra
y en cinco minutos,
quedó destrozado

Suenan las sirenas
de vuelta al trabajo
muchos no volvieron
tampoco Manuel

Te recuerdo Amanda,
la calle mojada
corriendo a la fábrica,
donde trabajaba Manuel.

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Te Recuerdo Victor Jara Nos seus 25 anos de morte cresce a sua legenda

A data de 11 de setembro de 1973 é uma mancha negra na história da democracia na América Latina. Marca o golpe de estado no Chile, no governo de coalizão socialista, Unidade Popular, de Salvador Allende. Os dias posteriores viriam a denunciar todo a truculência do ditador Pinochet que "assumiu" o governo de linha dura e mandou prender, torturar e até matar os simpatizantes do regime esquerdista. Todos eram detidos e levados para o Estádio Nacional de Santiago.

Durante o desenrolar do golpe militar chileno, o cantor, compositor e músico Victor Jara se encontrava junto com centenas de outros militantes de esquerda, na Escola Politécnica de Santiago, quando foi preso. Levado para o Estádio Nacional, foi identificado por um oficial do exército que, se dirigindo a ele, falou: "Ah ! você é o guitarrista famoso ? Então me acompanhe." Mandou que um soldado lhe trouxesse um facão e dirigindo-se para o lado onde se concentrava o maior número de prisioneiros, decepou as mãos de Victor Jara.

O artista caiu no chão, esvaindo-se em sangue. Em seguida, o militar começou a chutar o corpo de Victor Jara, ordenando que ele cantasse. O trovador chileno levantou-se e, como se estivesse regendo uma orquestra , começou a entoar uma de suas composições. A resistente atitude emocionou os milhares de prisioneiros políticos que o acompanharam cantando até que tombasse morto, no dia 16 de setembro de 1973.

No momento de sua morte, Victor Jara era um cantor muito popular em seu país, um modesto trabalhador da cultura e um entusiasta colaborador do governo de coalizão esquerdista Unidade Popular. Em 1970 apoiou a campanha eleitoral do socialista Salvador Allende e se tornou uma espécie de embaixador cultural do governo, realizando temporadas artísticas, divulgando a música do Chile, dentro e fora do país.

domingo, 21 de setembro de 2008

Bolívia: O Fim de Algo

Está no Blog do escritor boliviano Edmundo Paz Soldán, um dos mais premiados daquele país e de reconhecimento mundial. Morando atualmente nos Estados Unidos onde é professor universitário, Paz Soldán manifesta sua preocupação com a atualidade de crise na Bolívia, e os sentimento de “feridas incuráveis” brotam de seus escritos. Leia no Blog: www.elboomeran.com/blog/117/edmundo-paz-soldan/

Bolívia: El Fim de Algo


“Hablo con mi hermano Marcelo y lo encuentro compungido. Mi padre me cuenta que la gente está con los ánimos exaltados en Cochabamba; la crisis se ha metido en la cabeza de todos y aparece en los momentos menos pensados, en discusiones con amigos o con la pareja, en insultos al menor motivo. Mi madre me habla del desabastecimiento en los mercados, de que todo cuesta cuatro veces más que hace un par de semanas. A todos les duele el país, no hay palabras para expresar la amargura, la tristeza ante los más de diez muertos en Pando, la violencia desatada en Santa Cruz, en Tarija, en Beni. Son días de furia e intolerancia.

Leo los periódicos bolivianos en internet y me impaciento cuando no los actualizan. Mis amigos y estudiantes me piden que les explique qué es lo que está ocurriendo, y yo los miro sin saber por dónde comenzar. Me siento impotente en la distancia, pero igual, estando allá, ¿qué se puede hacer? No encuentro, en los líderes de las dos Bolivias (porque de eso se trata, en este momento), voluntad para hacer concesiones y encontrar consensos. La terquedad de un lado ha sido respondida con la violencia del otro lado.

En lugar de seguir empeñados en un modelo de victorias y derrotas, quizás sea la hora de aceptar que en Bolivia prima el equilibrio de fuerzas. Quizás ese equilibrio no sea algo malo: el empate no tiene por qué ser catastrófico. El país debería ser más grande que todos nosotros.

¿Se podrá dar un paso atrás y recobrar la sensatez? Muy difícil: hace un buen tiempo que no parecemos estar a la altura de la situación.

Me gustaría ser más optimista, pero creo que hay daños irreversibles.
Sí, es el fin de algo. Bolivia podrá seguir existiendo, pero estas heridas quedarán”

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Verdades sobre a crise na Bolívia com guerra de Collas contra Cambas – Por Eduardo Rocco

A Crise na Bolívia não é somente grave, mas complexa. Cheia de matizes e contextos. Primeiro se deve esclarecer que é uma disputa secular entre Cambas e Collas, e que com a subida de Evo Morales ao Poder ficou escarnecida. Para quem não sabe os Cambas são os habitantes das regiões Orientais da Bolívia, mais precisamente, localizados nas estepes Del Beni, Pando e Santa Cruz de La Sierra, e que conviveram em paz com os Collas das regiões de La Paz, Oruro,Sucre e Cochabamba desde o surgimento da República. Porém essa paz acabou e o país fica na eminência de uma guerra civil que fragmentará a nação tida como Andina.

Mas essa situação de rivalidade racial fica até folclórica, quando se imagina que o teor dessa contenda é também a luta contra o centralismo. Diferente do Brasil, a Bolívia não é uma nação federativa, onde, por exemplo, os governadores de cada departamento gozam de autonomia econômica e administrativa. Os governadores que no país vizinho, são chamados de prefectos são eleitos indiretamente, por indicação presidencial.

Cada departamento da Bolívia fica à mercê da capital, La Paz, que exige de cada região a maioria dos Royalties das riquezas exploradas, ficando para estes somente as migalhas para investimentos em setores como Educação, infra-estrutura e etc. A guerra dos departamentos de Santa Cruz, pólo econômico da Bolívia, e acabar com essa situação, requerendo que os dividendos das riquezas produzidas naquela região sejam em beneficio exclusivo da população crucenã.

O convívio com esta modalidade de esfoliação veio se tornar insuportável, depois da Assumpção do governo do Movimiento Al Socialismo – MAS, partido que é regido pelo populista Evo Morales. Com o coca leiro na presidência, a crise emergiu. A tentativa de ele impor uma Nova Constituição que impôs diversas e duras medidas contra os interesses, principalmente, das regiões da Media Luna, (Santa Cruz, Beni, Pando, Cochabamba (estado de população colla), Sucre (também de população colla)) fez com que qualquer dialogo possa ser admitido.

Enquanto, o mundo se sensibilizou quando o primeiro indígena americano chegou a uma presidência, se esquece de que por trás dessa face existe outra que, internamente, é a causa da futura desintegração de um país. Não há volta para o Cambas, e os movimentos cívicos que querem a independência, e hoje a luta deles não é para derrubar Evo do Poder, mas para fugir de sua ingerência nefasta.

Para os Cambas o governo de Morales é ditatorial, e se fundamenta, nos preceitos do Todo Poderoso Hugo Chavez, que é reconhecido pela sua intromissão nos assuntos bolivianos. Essa postura que é muito criticada pela oposição, e pelo lado governamental, é tida como apoio irrestrito do venezuelano populista é um dos outros indícios de que qualquer conversa de pacificação será truncada.

Apoiado por Chavez, Evo não recua, insiste em não aceitar a autonomia governamental e econômica de cada departamento. Do lado, do presidente, a assessoria tenta induzir que a oposição de que quer derrubá-lo do Poder. Partidários do MAS reiteram de são vítimas de movimentos oposicionistas de oligarcas, mas esquecem que por trás desses movimentos representativos há toda uma nação camba, que não mais se identifica com o que hoje se chama de Bolívia. A cada hora que passa, cresce a chama da independência dos moradores da Media Luna.

As mortes em Pando, as ameaças de cerco a Santa Crus por milícias comandadas pelo presidente, são somente uma mostra da disposição desse sentimento de segmentação. Os cambas não se identificam com a Bolívia de Morales e Evo, que por sua, parte, não está nem aí para tentar resolver pela via pacifica, e seu discurso do que se pode descrever como do Novo Socialismo Moreno, fica preso a algo démodé e perigoso demais, e que o mundo não está enxergando no país ao borde da implosão.

Quem sou eu

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Jornalista, formado em Comunicação Social e pós-graduado em Jornalismo e Mídia.Atual Editor do Site Rondonoticias. Escreve a Coluna Esportiva "Na Marca da Cal" no mesmo site e é membro fundador e ativista da Academia Rondoniense de Poetas - ACARP.