domingo, 26 de outubro de 2008

Nômade dos vales e do tempo

O velho zíngaro me falou numa língua estranha;

Movia as mãos enquanto equilibrava o mundo em seus dedos;

Uma musica exótica ecoou dentro de meu coração;

E vi uma serpente cercada de fogo...

E meu corpo entrelaçado com ela.


Senti seu afago...

Seu veneno...

Seu calor;

Sou da grande nação Rom;

De nômades errantes com alma negra;

E corações pesados;

Somos homens de um tempo, que o tempo já purgou;

Vivemos do ar;

-Do hidro-mel;

-De devaneios e curvas;

Sou velho, - sábio e adivinho.

Não tenho medo do futuro,

Pois os sonhos me revelam o caminho de cada hora.

No amanhecer taciturno de tua louca vida de grande nigromante;

No anoitecer de cada cálice de vinho....

Sou Zíngaro, poeta grego de quimeras;

Mago de luzes...

Alquimista de estrelas.

Não tenho medo;

Pois sou amigo da noite e dos mulos.

Quem sou eu

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Jornalista, formado em Comunicação Social e pós-graduado em Jornalismo e Mídia.Atual Editor do Site Rondonoticias. Escreve a Coluna Esportiva "Na Marca da Cal" no mesmo site e é membro fundador e ativista da Academia Rondoniense de Poetas - ACARP.