terça-feira, 14 de abril de 2009

As percepções de Eliana Brum e seus erros comunicacionais

Atualizar o meu blog nos dias de hoje, é uma verdadeira tarefa. Mas me encontro no dilema que tem que ser vencido, e decido escrever sobre o Caso Eliane Brum, e suas percepções sobre Porto Velho divulgadas na Revista Época. - Quero não parecer pretensioso, mas também não vou poupá-la (Eliane Brum) de seus pecados cometidos. Falar de uma terra que você não conhece bem dá nisso: incompreensão, e o surgimento de uma resposta contundente de quem acham que conhece.

Em comunicação, podemos descrever que temos que ter a dosagem de responsabilidade sobre o que expomos na mídia. Pois não temos certeza como será a resposta da opinião pública a respeito do que se é emito por intermédio de um canal de Mass Média. Eliana Brum, com toda a bagagem de jornalista premiada e tal, errou, e deixou, de temer a resposta sobre aquilo que escreveu.

Talvez seja soberba de sua parte. Pudera ela ter evitado maiores problemas, se tivesse abordado o assunto de forma diferente? Sim, é possível... E possível, talvez que ela tenha se deixado levar até pelos “desabafos” de seus entrevistados, e plasmado uma realidade atroz de Porto Velho. Não havia necessidade disso.

Podemos então achar que a jornalista se deixou levar pelo que o Guru, Gabriel García Marques, intitula de Nevo Jornalismo, que muitas vezes é incompreendido, abrindo o leque de remantizações para muitas opções, inclusive, o rechaço, por parte do público, particularmente rondoniense. Pior, acho que ela, não soube se colocar diante de um texto que poderia ser veraz, mas que acabou sendo fatídico, incoerente, e bairrista.

Sem dúvida nenhuma, o efeito comunicacional da mensagem de Eliana foi de um Boomerang, e o público voltou-se contra ela. Ela calculou “errado”, e pior do que isso, se justificou. Até o momento, ela contra-atacou, e disse que está certa: que mostrar a realidade é válida, mas ofender um povo pode ser justificado. - Essa última manobra parece que revela mesmo o primeiro erro, e não dissimula seus pecados perante o receptor, que não digeriu seu texto, e não crê em sua redenção.

Acho que a lição é válida; comunicar sempre. Ter cuidado, também. Comunicar as dores, as mazelas, mas respeitar sobretudo os donos das mazelas, os envolvidos nas mazelas, é muito importante para não ser devorado no processo de comunicação. Há de se ter cuidado extremo ao se dirigir as massas, já dizia Jean Jaques Rousseau, Pai da Democracia, afinal, bem ele sabia, que o povo e seus atos são imprevisíveis.

Um comentário:

Últimas Notícias disse...

não quero atenuar comentários. o que quero e receber uma cópia de um trabalho da eliana brum, chamado: suave subversao da velhice.
sérgio marcos
serjao.marcos@gmail.com
82-88175810/99703491
82-35229211
obrigado!

Quem sou eu

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Jornalista, formado em Comunicação Social e pós-graduado em Jornalismo e Mídia.Atual Editor do Site Rondonoticias. Escreve a Coluna Esportiva "Na Marca da Cal" no mesmo site e é membro fundador e ativista da Academia Rondoniense de Poetas - ACARP.