Clã Mcluhan na Aldeia Global

Tal pai tal filho

Eric McLuhan, filho de Marshall MacLuhan, segue os passos de pai. Como cientista social acredita na famigerada aldeia global. Revive a idéias de que todos nós vivemos numa imensa aldeia em um novo estágio de vida onde a troca de informações é supranumerária.

O pensamento dos McLuhan funda-se na idéia de que os meios são extensões do homem e seus efeitos estão relacionados à maneira como estes atuam sobre a percepção humana, a partir de suas especificidades técnicas. É nesse sentido que ele divulga o célebre slogan de que "o meio é a mensagem".

O meio é a mensagem

Na obra “O Meio é a Mensagem”, de Marshall, o Eric coincide com o pai, ao alertarmos do poder nos meios sobre a sociedade. Em recente entrevista, Eric não se deixou abater e falou intensamente do Poder da Mídia no universo do homem. Ratificou que o meio é realmente o que domina a comunicação no século 21. A mensagem fica relegada em segundo plano, o que provoca calafrios em muitos puristas.

Os meios venceram a batalha

Para Eric MacLuhan os meios venceram a batalha. A literatura ficou de lado, o que é preocupante para o comunicador. “Não há necessidade da leitura. Esse exercício mental se perdeu. O radio, a TV e a internet fizeram sucumbir o valor da leitura”, disse o cientista.

Droga

“Os meios de comunicação de hoje são como a droga. Eles viciam”, comentou Eric. “A adição ao computador é tratado pelos médicos com as mesmas técnicas da adição por entorpecentes”, explicou.

You Tube

Para MacLuhan fenômenos como o Yub Tube acabou com o direito autoral. “Ninguém tem mais o controle, e não há mais direito do autor”, observou.

Futuro

Eric acredita que os meios de comunicação e suas emissões estão atingindo cada vez os patamares da arte. Para ele a TV, o radio e a Internet estão enviando mensagens cada vez mais ligadas a uma nova forma de manifestação artística, propriamente. “Agora todo conteúdo midiático será arte”.


O poder

Eric terminou a entrevista deixando uma mensagem: “Os meios são uma ameaça. Mais bem que os donos destes não sabem ainda utilizá-los”. Ressaltou também na atualidade as culturas multinacionais, onde o fim das fronteiras é uma realidade plausível.